Secagem inteligente: Como funciona?

Processo se apoia em três pilares importantes: a recuperação e a saúde do úbere, o bem-estar do animal, e o manejo

A secagem marca o início da próxima lactação, ocorrendo geralmente entre 45 – 60 dias antes da data prevista de parição. O período seco ou sem produção leiteira entre lactações é essencial para o ciclo produtivo das vacas, é neste momento que ocorre a regeneração  da glândula mamária, fato importante para uma melhor produção na próxima lactação.

As formas usuais de interrupção na produção de leite entre lactações são a secagem abrupta e a gradual. Na secagem abrupta, o animal deixa de ser ordenhado, mas o leite continua sendo produzido, provocando seu acúmulo e aumento na pressão interna do úbere, dor, vazamentos, e susceptibilidade à mastite . Já na secagem gradual a redução da produção é forçada pela diminuição do número de ordenhas e redução na densidade energética da  dieta fornecida para a  vaca. Isso  acaba gerando estresse metabólico, que afeta o sistema imune dos animais e pode impactar o bom desenvolvimento da cria no útero gestante.

Uma secagem inteligente e ideal se apoia em três pilares importantes: a regeneração e a saúde do úbere, o bem-estar do animal, e o manejo. A utilização do Velactis, da Ceva, auxilia os produtores no processo de secagem  melhorando o bem-estar do animal, promovendo uma redução da produção de leite, sem necessidade de restrição na dieta  ou de redução no número de  ordenhas. Assim as vacas continuam produzindo leite em volume normal até o dia da sua secagem, o que traz mais ganhos produtivos para a fazenda.

“O Velactis inibe a secreção de prolactina, que é o hormônio responsável pela produção do leite. Então, ele promoverá a rápida diminuição da produção leiteira, reduzindo a pressão interna no úbere e o consequente vazamento de leite, através do canal do teto aberto, que acontece por conta do aumento na pressão interna da glândula mamária. Este processo também auxilia na proteção do úbere contra a invasão por microrganismos responsáveis  por mastites ”, explica o médico veterinário e gerente técnico de bovinos da Ceva Saúde Animal, Marcos Malacco.

Um dos protocolos utilizados para a secagem inteligente é a administração  de Velactis após a última ordenha encaminhando o animal para o rebanho de vacas secas, longe dos estímulos da ordenha e de mamadas. A inibição da secreção de prolactina  diminui o ingurgitamento do úbere, reduzindo a dor, o desconforto e vazamentos, possibilitando redução  das chances de infecções intramamárias pós-vazamento de leite. Ocorre também uma melhora na imunidade do animal com aumento das células de defesa e de lactoferrina (bacteriostático natural do leite).

“Além dos benefícios em relação a saúde do úbere, bem-estar e facilidade de manejo, Velactis ainda permite o aproveitamento máximo do potencial de produção da vaca leiteira, visto que a secagem é feita sem necessidade de restrições na dieta e outros manejos empregados com o objetivo da redução na produção de leite. Um estudo recente conduzido no Brasil, onde foi feita a comparação entre um grupo de vacas que receberam Velactis na secagem, com outro grupo que não recebeu o produto, mostrou que as vacas tratadas com o Velactis produziram em média +1,89 L de leite/dia nos 200 DEL (dias em leite) logo após o parto, um resultado altamente significativo (p<0,005)”, detalha Malacco.    

A secagem inteligente é, sem dúvidas, o futuro da cadeia de produção leiteira nacional, com benefícios em larga escala para os produtores, focando na qualidade e otimização do manejo e, principalmente, em bem-estar e saúde animal.

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