Líder brasileira em vacinas aviárias, a Ceva Saúde Animal reuniu médicos veterinários, especialistas e clientes para apresentar a Cevac IBras, a primeira vacina viva contra a Bronquite Infecciosa variante brasileira BR. O evento aconteceu em Copacabana, no Rio de Janeiro, contou com a participação de mais de 180 convidados.
“O evento marca a história da avicultura brasileira. A última vacina contra bronquite infecciosa foi lançada na década de 70, contra a cepa Massachusetts. E hoje apresentamos para o mercado a Cevac IBras, uma nova vacina, desenvolvida com a cepa BR e criada para atender o mercado brasileiro. A Ceva pesquisou por cerca de 8 anos a formulação desse produto e realizou uma série de testes no Brasil e na Europa. Poucas vacinas têm tantos dados técnicos de desenvolvimento como essa”, disse o presidente da Ceva Brasil. Fernando De Mori, na abertura do evento.
Em seguida, o presidente da Ceva América Latina Jean-Charles Tissot abordou como as doenças do sistema respiratório impactam os planteis avícolas. “Nos EUA os surtos de influência aviária mataram 50 milhões de poedeiras. Na Ásia, essas enfermidades destruíram a indústria avícola por conta do fim do consumo de frango vivo”, relatou.
Tissot também falou sobre como o aumento populacional irá influenciar no crescimento da produção de proteína animal “Serão 9 bilhões de pessoas em 2050, e o consumo animal crescerá em torno de 50%. Isso implica na nossa forma de produzir carne, leite e ovo. Por isso, o desenvolvimento de novos produtos é tão importante, pois as vacinas ajudam a manter os animais saudáveis e a prover alimentos com qualidade para população”, explicou.
Giankleber Diniz, diretor da Unidade de Aves da Ceva, falou sobre a importância das medidas de biosseguridade na avicultura. “Uma única ave contaminada pode infectar o plantel inteiro. Por isso, é importante investir em um programa de vacinação adequado e em produtos de qualidade que proporcionam proteção e prevenção da disseminação de doenças”, assegurou.
Em seguida, o pesquisador do GD Deventer (Holanda) Sjaak De Wit apresentou a palestra intitulada Conceitos de Bronquite Infecciosa e Situação Mundial. De Wit mostrou diversos dados sobre a enfermidade, como as características do agente epidemiológico, as ferramentas de controle e os cuidados necessários com a
vacinação, além das perdas e danos causados pela doença.
O professor da Universidade de São Paulo, Dr. Antônio Piantino, apresentou o tema sobre a Bronquite Infecciosa no Brasil e trouxe dados sobre a doença “Em 2016 realizamos um estudo sobre bronquite infecciosa na USP, a cada 100 casos analisados, 75 eram infecções pela cepa BR”, afirmou.
Na sequência, o professor da Universidade Tuiuti do Paraná, Dr.José Maurício França, falou sobre os Impactos das doenças respiratórias no abatedouro. “As doenças do trato respiratório são responsáveis pelas maiores perdas econômicas da avicultura mundial. Pois quando não causam a morte do animal, afetam seu desenvolvimento ou servem como porta de entrada para outros agentes, causando impacto operacional e
lotes desuniformes”, explicou.
Jorge Chacón, gerente de serviços veterinários da Ceva, detalhou para os participantes todo o processo de pesquisa e desenvolvimento da Ceva IBras. “Foram anos de pesquisas e testes para desenvolvermos uma vacina que oferecesse proteção robusta contra o desafio da cepa BR. A Cevac IBras é eficiente frente aos desafios da BI, conferindo proteção robusta contra sinais clínicos, danos da atividade ciliar, lesões microscópicas e excreção viral. Desta forma, a vacina protege a ave e o ambiente, reduzindo a pressão de infecção na granja. Já foram vacinadas 61 milhões de aves e estamos seguros do sucesso do produto no Brasil”, afirmou Chacón.
Após as apresentações, os palestrantes participaram de uma mesa redonda, responderam a diversas dúvidas do público e receberam elogios sobre a importância deste projeto e o comprometimento da empresa com a avicultura brasileira. “Esse tipo de evento traz muitas informações técnicas interessantes e é uma excelente oportunidade para troca de experiência entre produtores”, comentou Marcelo Ortega, diretor da Flamboiã Alimentos.
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